Amália Rodrigues - 10º aniversário da morte da Rainha do Fado

No final da manhã de 6 de Outubro de 1999, há precisamente 10 anos, o país entrou em alvoroço com a notícia surpreendente da morte repentina de Amália Rodrigues. A cantora tinha acabado de regressar das suas férias habituais na Costa Vicentina, tendo falecido na sua residência em Lisboa.
O luto nacional de três dias é imediatamente decretado e o funeral da fadista motiva uma das maiores movimentações populares de sempre: várias centenas de milhares de pessoas assistem ao trajecto lisboeta do corpo de Amália para o Cemitério dos Prazeres, perante coros emocionados «Amália, Amália, Amália!» (os mesmos que acaloravam os seus concertos). 
No meio da multidão, muitas vezes próximo do caixão, encontrava-se uma pessoa especial: um visivelmente emocionado Eusébio. O futebolista do Benfica e Amália foram os grandes embaixadores de Portugal durante os anos 60 e 70.
Mas a internacionalização da carreira de Amália, que transformaria a fadista numa das grandes divas mundiais da música do século XX, começou no final dos anos 40 e foi sempre em crescendo para uma dimensão de reconhecimento mundial, dos Estados Unidos e Brasil a países europeus como Itália e, sobretudo, França, tendo Paris e a sala Olympia como um dos seus epicentros predilectos de glória internacional.
'Povo Que Lavas no Rio', 'Estranha Forma de Vida' e 'Nem às Paredes Confesso' foram algumas das canções mais célebres de Amália com que o mundo se familiarizou. 
Coleccionou nos últimos anos da sua vida condecorações e deixa hoje muitas saudades. Amália Rodrigues ainda é hoje a nossa grande diva. A cantora tinha 79 anos de idade.

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