Bolota - Conhecer a nossa região

A bolota (do árabe ballūta, encina) é um fruto produzido pela azinheira, pelo carvalho e pelo sobreiro, árvores da família do carvalho (género Quercus). O sobreiro e a azinheira existem em Portugal, em maior abundância no Alentejo.
Os porcos criados na região de Portugal onde existem sobreiros e azinheiras alimentam-se dessas bolotas que dão à sua carne um sabor especial. Esses porcos, de tamanho pequeno e patas de cor escura, são utilizados para fazer um presunto muito apreciado em todo o mundo, uma verdadeira iguaria.
Os lusitanos e outros povos prerromanos da Península Ibérica obtinham farinha das bolotas com que faziam pão, e actualmente as bolotas também são usadas em algumas preparações culinárias típicas de Portugal. 

Casamento de um elemento do Grupo Académico Serenatas de Portalegre

Realizou-se no passado dia 10 de Abril de 2010 nas proximidades da cidade de Lisboa, o casamento do um antigo elemento do Grupo Académico Serenatas de Portalegre, Hélio Mateus.Como não poderia deixar de ser, o Grupo Académico Serenatas de Portalegre esteve presente à saída da igreja para presentear os noivos com algumas serenatas.Desejamos aos noivos votos sinceros das maiores felicidades.

Catarina Eufémia - Conhecer a nossa região

Catarina Efigénia Sabino Eufémia (Baleizão, 13 de Fevereiro de 1928 — Monte do Olival, Baleizão, 19 de Maio de 1954) foi uma ceifeira portuguesa que, na sequência de uma greve de assalariadas rurais, foi assassinada a tiros, pelo tenente Carrajola da Guarda Nacional Republicana. Com vinte e seis anos de idade, analfabeta, Catarina tinha três filhos, um dos quais de oito meses, que estava no seu colo no momento em que foi baleada.A trágica história de Catarina acabou por personificar a resistência ao regime salazarista, sendo adoptada pelo Partido Comunista Português como ícone da resistência no Alentejo.
O Alentejo, à época, era uma região de latifúndios e de emprego sazonal, onde as condições de vida dos camponeses sem-terras e assalariados eram extremamente difíceis. Esta situação sócio-económica e laboral penosa e dura agitou as massas camponesas da região a partir de meados da década de 1940, vindo-se a agudizar-se nas duas décadas seguintes, gerando-se um permanente clima de agitação social no campesinato. Eram inúmeros tumultos e mais frequentes ainda as greves rurais, que acabavam sempre com a intervenção da GNR e eram devidamente vigiadas pela PIDE, em busca então de infiltrados e agitadores comunistas.

No dia 19 de Maio de 1954, em plena época da ceifa do trigo, Catarina e mais treze outras ceifeiras foram reclamar com o feitor da propriedade onde trabalhavam para obter um aumento de dois escudos pela jorna. Os homens da ceifa foram, em princípio, contrários à constituição do grupo das peticionárias, mas acabaram por não hostilizar a acção destas. As catorze mulheres foram suficientes para atemorizar o feitor que foi a Beja chamar o proprietário e a guarda.Na imprensa da época:
Anteontem, numa questão entre trabalhadores rurais, ocorrida numa propriedade agrícola próximo de Baleizão, e para a qual foi pedida a intervenção da G.N.R. de Beja, foi atingida a tiro Catarina Efigénia Sabino, de 28 anos, casada com António do Carmo, cantoneiro em Quintos. Conduzida ao hospital de Beja, chegou ali já cadáver. A morte foi provocada pela pistola-metralhadora do sr. Tenente Carrajola, que comandava a força da G.N.R. No momento em que foi atingida, a infeliz mulher tinha ao colo um filhinho, que ficou ferido, em resultado da queda. A Catarina Efigénia tinha mais dois filhos de tenra idade e estava em vésperas de ser novamente mãe. O funeral realizou-se ontem, saindo do hospital de Beja para o cemitério de Quintos. Centenas de pessoas vieram de Baleizão para acompanharem o préstito, verificando-se impressionantes cenas de dor e de desespero. Segundo nos consta, o oficial causador da tragédia foi mandado apresentar em Évora.
— Diário do Alentejo, 21 de Maio de 1954 

Catarina fora escolhida pelas suas colegas para apresentar as suas reivindicações. A uma pergunta do tenente da guarda, Catarina terá respondido que só queriam "trabalho e pão". Como resposta teve uma bofetada que a enviou ao chão. Ao levantar-se, terá dito: "Já agora mate-me." O tenente da guarda disparou três balas que lhe estilhaçaram as vértebras. Catarina não terá morrido instantaneamente, mas poucos minutos depois nos braços do seu próprio patrão (entretanto chegado), que a levantou da poça de sangue onde se encontrava, e terá dito: Oh senhor tenente, então já matou uma mulher, o que é que está a fazer?. O patrão, Francisco Nunes, que é geralmente descrito como uma pessoa acessível, foi caracterizado por Manuel de Melo Garrido em "A morte de Catarina Eufémia —A grande dúvida de um grande drama" como "o jovem lavrador da região que menos discutia os salários a atribuir aos rurais e que, nas épocas de desemprego, os ajudava com larga generosidade". O menino de colo, que Catarina tinha nos braços ficou ferido na queda. Uma outra camponesa teria ficado ferida também.

De acordo com a autópsia, Catarina foi atingida por "três balas, à queima-roupa, pelas costas, actuando da esquerda para a direita, de baixo para cima e ligeiramente de trás para a frente, com o cano da arma encostada ao corpo da vítima. O agressor deveria estar atrás e à esquerda em relação à vítima". Ainda segundo o relatório da autópsia, Catarina Eufémia era "de estatura mediana (1,65 m), de cor branco-marmórea, de cabelos pretos, olhos castanhos, de sistema muscular pouco desenvolvido".
Após a autópsia, temendo a reacção da população, as autoridades resolveram realizar o funeral às escondidas, antecipando-o de uma hora em relação àquela que tinham feito constar. Quando se preparavam para iniciar a sua saída às escondidas, o povo correu para o caixão com gritos de protesto, e as forças policiais reprimiram violentamente a populaça, espancando não só os familiares da falecida, outros rurais de Baleizão, como gente simples de Beja que pretendia associar-se ao funeral. O caixão acabou por ser levado à pressa, sob escolta da polícia, não para o cemitério de Baleizão, mas para Quintos (a terra do seu marido cantoneiro António Joaquim do Carmo, o Carmona, como lhe chamavam) a cerca de dez quilómetros de Baleizão. Vinte anos depois, em 1974, os seus restos mortais foram finalmente transladados para Baleizão.
Na sequência dos distúrbios do funeral, nove camponeses foram acusados de desrespeito à autoridade; a maioria destes foi condenada a dois anos de prisão com pena suspensa. O tenente Carrajola foi transferido para Aljustrel mas nunca veio a ser sequer julgado em tribunal. Faleceu em 1964.

Monumental Serenata da Semana Académica de Castelo Branco 09/10

Pelo segundo ano consecutivo o Grupo Académico Serenatas de Portalegre marcou presença na Noite de Serenatas da Semana Académica de Castelo Branco.
Registo fotográfico da actuação na Semana Académica de Castelo Branco 09/10 no passado dia 19 de Abril de 2010

Grupo Coral Campos do Alentejo - Vozes D'além Tejo - Vozes e sons que transportam o Alentejo na voz

A rubrica Vozes D'além Tejo - sons, acordes, melodias e grupos que transportam o Alentejo na voz e na música apresenta o Grupo Coral Campos do Alentejo.
O Grupo Coral e Instrumental "Campos do Alentejo", inserido na Associação dos Bombeiros Voluntários de Alvito, tem como objectivo a criação, preservação e divulgação da música do Alentejo. Foi fundado em 1983, interrompendo a sua actividade em 1990, sendo nesta primeira fase constituído por 14 elementos de ambos os sexos. Em 1994, é o ano que marca o reaparecimento do grupo com uma formação de 12 elementos masculinos, praticamente a mesma que mantêm até à actualidade. O Grupo Campos do Alentejo actualmente é formado por 13 elementos, todos eles do concelho de Alvito. O Grupo além de ter feito seis gravações tem mantido sempre uma boa aceitação por parte do público. Tem mantido sempre nos seus trabalhos modas características da região, que todo o povo alentejano bem conhece. Em todos os trabalhos que o grupo já gravou encontram-se letras e músicas originais, sempre fazendo referência ao nosso Alentejo.
Trabalhos editados: de 1983 a 1990 “Pombinha”; “Vila Branca”; “Alvito”. De 1994 a 2006 “Horizontes”; “Memórias”; “Todo o Alentejo”.

Contactos:
966 865 437 ; 966 710 011 ;  284485164
Avenida dos Bombeiros Voluntários 
7920 Alvito

1º Aniversário do Serenatas em Portalegre

Fundado no dia dia 4 de Maio de 2009, data da Serenata da Semana Académica de Portalegre 2008/2009, o Blog celebra hoje o seu primeiro aniversário. Desde já o nosso muito obrigado aos mais de 12500 visitantes neste primeiro ano de existência. O blog Serenatas em Portalegre tem na sua existência a divulgação do nome do Grupo Académico Serenatas de Portalegre que conta com 15 anos de existência. Para além disso pretende divulgar e dar a conhecer o Intituto Politécnico de Portalegre, Portalegre - Cidade do Alto Alentejo e histórias e tradições académicas e regionais.