Novo ano lectivo, novos caloiros - Gostavas de fazer parte deste grupo? Então junta-te a nós...

Prestes a iniciar-se o novo ano lectivo 2012/2013 regressará também o Grupo Académico Serenatas de Portalegre para dar boa música a toda a comunidade portalegrense e estudantil. A todos os estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre (Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Escola Superior de Educação de Portalegre, Escola Superior Agrária de Elvas e Escola Superior de Saúde de Portalegre) interessados em pertencer ao Grupo Académico Serenatas de Portalegre basta que contactem um dos nossos elementos ou ainda enviar um mail para serenatasemportalegre@hotmail.com

Gostas de música? Gostas de cantar? Sabes tocar algum instrumento ou gostavas de aprender?
Então junta-te a nós...

Actuação na Semana Académica de Portalegre - 30 de Abril de 2012 Largo da Sé de Portalegre


Foi assim que se realizou uma vez mais a Nobre Serenata da Semana Académica de Portalegre no passado dia 30 de Abril de 2012. O Grupo Académico Serenatas de Portalegre agradece desde já a presença de todos aqueles que marcaram presença nesta noite de Academia, amizade e despedida para os "finalistas". Para o ano voltamos a marcar encontro no local do costume, o largo da emblemática e monumental Sé de Portalegre.

Actuação na Semana Académica de Portalegre - 30 de Abril de 2012 Largo da Sé de Portalegre

Mantendo uma das suas maiores tradições o Grupo Académico Serenatas de Portalegre irá actuar no dia 30 de Abril de 2012 na Nobre Serenata da Semana Académica de Portalegre, Largo da Sé de Portalegre pelas 24 horas. Fica desde já efectuado o convite a toda a Academica Portalegrense e a toda a população Portalegrense para marcarem presença nesta noite tão especial. O Grupo Académico Serenatas de Portalegre apela também ao uso do traje académico (a rigor) por parte de toda a Academia. Vem fazer parte desta tradição. Solita-se ainda que que pela tradição, caso desejem aplaudir o Grupo que o façam apenas no final da actuação.

Actuação no Ensais'Tu, Festival de Tunas Femininas - 19 de Abril de 2012 CAEP Portalegre

Uma vez mais o Grupo Académico Serenatas de Portalegre tem a honra de actuar no Ensaias'Tu, Festival de Tunas Femininas com a organização a cargo das Tuninfas, Tuna Feminina do Instituto Politécnico de Portalegre. Dia 19 de Abril de 2012 no CAEP, Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre. Agradecemos desde já o convite efectuado pelas tuna organizadora. Tunas a concurso C'a Tuna aos saltos - Tuna Médica Feminina da Universidade da Beira Interior, Egitúnia - Tuna Feminina do Instituto Politécnico da Guarda e In'spiritus Tuna - Tuna Feminina da Cooperativa Egas Moniz.

Homenagem ao Serenato "Adriano Bailadeira" no dia Mundial do Teatro

Dia 27 de Março de 2012 é dia Mundial do Teatro e um dos mais conceituados e pretigiados jornais da região presta homenagem a Adriano Bailadeira, elemento do Grupo Académico Serenatas de Portalegre, grande impulsionador da arte teatral na região do Alto Alentejo. Esperamos em breve poder colocar disponível no nosso blog o artigo na integra aproveitando também para lhe desejar as maiores felicidades no desempenho e entrega à "sua" arte. Quem sabe, não poderá ser novamente Adriano Bailadeira a recitar o "Poema" do cancioneiro do Grupo Académico Serenatas de Portalegre em plena Nobre Serenata da Semana Académica de Portalegre 2012. Fica o desafio.

1º Encontro de Régios - O passado e o presente 22 de Outubro de 2011


Foi assim que o Grupo Académico Serenatas de Portalegre realizou no dia 22 de Outubro de 2011 o "I Encontro de Régios - O passado e o presente". Depois dos reencontros entre os actuais e os antigos elementos nos famosos jantares de natal este foi mais um dia bem passado entre todos, de pleno convívio, amizade, música e muitas histórias para mais tarde recordar. Um dia de celebração, de tradições, de espírito académico e companheirismo. Mais do que um Grupo, uma família. "Uma estranha forma de viver a música, mas que encanta tudo e todos".

Candidatura do Cante aAentejano a Património da Humanidade - Conhecer as nossas tradições

Candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade entregue a 30 de Março. Uma tradição absolutamente fantástica... Só sentindo, pois não dá para descrever...Depois do fado, o cante alentejano. Portugal vai apresentar ainda este ano a candidatura a Património da Humanidade. A ideia nasceu em Serpa, cidade onde tem sede um dos mais tradicionais grupos de cantares. O que é, afinal, o cante alentejano?
“O cante alentejano é uma polifonia simples, a duas vozes paralelas, à terceira superior”. “É composto de modas, nas quais sobressaem, nalgumas delas, dois sistemas musicais inteiramente distintos; o sistema modal e o sistema tonal. O sistema modal, em uso durante toda a Idade Média, o sistema tonal, já fruto do Renascimento, no século XVI”
E como se canta? “Os cantadores, geralmente homens do campo, cantam em grupo, divididas as vozes em três naipes: o Ponto, o Alto e as Segundas vozes. A função do Ponto é iniciar a moda, retornada depôs pelo Alto, e em seguida pelas segundas vozes, constituindo assim o coro. A função específica do Alto é preencher as pausas com os vaias, no fim das frases musicais, excepto na última — assim uma espécie de Ponto na 1 vez”(Padre António Augusto Alfaiate Marvão).
Até onde remontam as origens de “cante”?
Como sabe, existem três vias para dar resposta a essa dúvida que nos surge sempre que queremos encontrar o momento, o local e o modo do surgimento do cante alentejano. Estudiosos da matéria apontam a génese do cante para a pratica coralista gregoriana, encontrando razões, pontos de convergência e similitudes que para eles são irrefutáveis. Outros, igualmente empenhados no estudo desta matéria, avançam como resposta a herança histórico-cultural legada pela presença árabe no nosso país e a sua abalada mais tardia do sul do país. Buscando e encontrando semelhanças, na forma de expressão vocal nossa e no cante mourisco….
Mas, outros há ainda que respondendo à mesma questão, negam ambas as explicações anteriores e apontam como fundamento da origem do cante alentejano a fixação pelas nossas gentes e a sua interpretação sistemática, de uma forma de polifonia onde se concentram e se exteriorizam os valores mais profundos da alma deste povo.
E quais as suas estruturas?
No seu início, o cante tinha como palco o campo. Foi uma necessidade sentida pelos trabalhadores para lhes aconchegar o espírito e lhes aliviar o corpo. Nasceu nas idas e nas vindas do trabalho e cultivou-se na dureza da azáfama.
O cante nasceu em função do trabalho, burilou-se na sua execução, passou a ser instrumento do mesmo.
Depois prolongou-se caminhos fora e entrou nas vilas e nas aldeias. Continuou-se nas tabernas, apareceu nas festas.
Mas a sua função principal não era animar os folguedos. Nasceu da necessidade dos trabalhadores inventarem um bálsamo para as suas dores tantas.
E o cante era isso, um grito que aliviava, um suspiro que tornava menos amarga a dureza da vida.
O cante colectivo, o som projectado por tanta garganta em uníssono, dava uma sensação de força maior, que se acrescentava à outra que a fraqueza ia vencendo, quer debaixo do sol escaldante, quer sob uma qualquer intempérie para a qual não havia abrigo de jeito.
No trabalho esforçado para além dos limites das posses individuais, valia assim a presença do coro colectivo que emprestava ânimo e ajudava, no seu cadenciado, a vencer mares de searas.
Tudo se formava e tudo se dissolvia na ida e com o regresso das labutas, onde homens, mulheres e crianças marchavam juntos durante quilómetros. Era essa a escola, era essa a vida do cante.
Só mais tarde, a partir da década de trinta, dentro das vilas, é que os Grupos corais começaram a ter alguma consistência organizativa.
Em torno da figura de um bom cantador, começaram a esboçar-se os Grupos Corais que temos hoje. Com disciplina de posições, com organização e ensaios.
A mulher começa a aparecer no “cante”. A que se deve tal facto? A mulher também faz parte da tradição?
Como atrás dissemos, as mulheres estiveram na génese do cante, lado a lado com os homens. Ombreavam no trabalho e aí, podiam cantar e cantavam juntos.
Mas a sequencia, digamos que urbana do cante, privou, durante décadas, as mulheres de assumirem o seu papel como intérpretes de uma “moda” que também era sua.
Dado o seu estatuto Sócio-Cultural, não frequentavam os lugares onde o cante se prolongou depois de desaparecer dos campos, afastado pela mecanização da agricultura. Por isso, só por isso, durante tanto tempo se fez o silêncio nas gargantas femininas.
Mais tarde veio Abril e pouco a pouco foram-se abrindo os corações das mulheres para o cante, à medida que se iam também abrindo os horizontes dos seus direitos e as suas possibilidades de movimentação dentro do tecido social.
Dizem-me que o cante nunca cantou a política. E quais eram os temas cantados?
Antes de 74 o cante não podia abordar a temática política Algumas modas, porque as houve, mais ousadas eram proibidas e os seus interpretes castigados. Neste país, mesmo com fome não se podia gritar por pão. Mesmo tolhidos, não podiam clamar por liberdade. Assim, as modas, feitas e divulgadas nessa época, na sua generalidade, cantavam a vida, a contemplação, a nostalgia, o amor, a saudade, o trabalho, tinham uma função mais de expiação das mágoas do que de reivindicação de melhor sorte.
Logo a seguir ao 25 de Abril, o cante e os corais foram notoriamente instrumentalizados para “enfeitarem” manifestações e comícios e as letras das modas, por essa via, sofreram, como não podia deixar de ser, durante algum tempo as influências diretas do momento político efervescente, reivindicativo e até quase conspirativo da altura, como nas modas “morreu Catarina, era comunista” e “oh reforma agrária, eu sonhei contigo...”.
Mas depressa os Grupos retomaram o cancioneiro popular, continuando a cantar as modas que falavam da vida, da sua vida, do campo e da nostalgia de tempos idos, como na moda, “lembra-me o tempo passado, tudo se vai acabando, o boi puxando o arado e o almocreve cantando…”.