Actuação na Semana Académica de Portalegre 09/10

Aproxima-se mais uma Semana Académica de Portalegre.
Dia 3 MAio com a Monumental Serenata da Semana Académica de Portalegre ao som do Grupo Académico Serenatas de Portalegre pelas 24 horas como manda a tradição junto à emblemática Sé de Portalegre.
Desejamos desde já os parabéns a todos os finalistas e as boas vindas ao "caloiros" que o irão deixar de ser nesta noite que se espera anima, com muito espírito académico e que seja o início de mais uma semana fantástica e inesquécivel.
Pedimos desde já a todos que pela tradição de uma serenata se mantenha o silêncio durante a actuação do Grupo Académico Serenatas de Portalegre e caso desejem aplaudir o grupo, que o façam apenas no final da actuação.

1º Encontro Académico do Centro Popular de Trabalhadores de São Cristovão - Portalegre

No próximo dia 16 de Abril de 2010 irá decorrer o I Encontro Académico do Centro Popular de Trabalhadores de São Cristóvão, Portalegre.
Com inicio marcado para as 21h30m, este 1º Encontro contará com a presença do Grupo Académico Serenatas de Portalegre e de 5 tunas. Para a organização, o Grupo Académico Serenatas de Portalegre deseja as maiores felicidades e que este seja o primeiro Encontro de muitos. Que seja acima de tudo uma boa noite académica com as tunas e grupo locais e que todos os presentes se divirtam.

Actuação na Semana Académica de Castelo Branco 09/10

Pelo segundo ano consecutivo o Grupo Académico Serenatas de Portalegre irá marcar presença na Noite de Serenatas da Semana Académica de Castelo Branco.
Dia 19 de Abril de 2010, à hora do costume, na escadaria da Câmara Municipal de Castelo Branco. 
Uma vez mais os nossos agradecimentos à FACAB pelo convite e pela forma como o Grupo foi recebido e tratado anteriormente.

Rafeiro do Alentejo - Conhecer a nossa região

O Rafeiro do Alentejo é uma raça antiga presente na região alentejana desde tempos imemoráveis. Como a maioria dos molossos europeus, acredita-se que tenha descendido dos cães corpulentos do Tibete. Estes molossos ter-se-ão espalhado pela Ásia e depois difundidos pelos Romanos aquando das suas conquistas.
As características destes cães foram mudando ao longo de séculos. Os romanos utilizavam-nos como cães de guerra e os ingleses chegaram a usá-los para tracção, uma espécie de cavalo dos pobres. Os molossos na Península Ibérica foram apurados para se tornarem cães de pastoreio. A sua tarefa era proteger os rebanhos de predadores, como o lobo, mas também de ladrões. 
Com a transumância, a migração periódica de rebanhos, cães fortes e protectores eram cada vez mais necessários. Durante a época quente, os rebanhos eram levados das planícies para as montanhas e durante o inverno, o percurso era o contrário. Em Portugal, os rebanhos chegavam a ser levados desde o Alentejo até ao Douro e vice-versa. 
Com o fim destas migrações, o Rafeiro do Alentejo acabou por se fixar nas planícies alentejanas, tornando-se num óptimo cão de guarda de rebanhos, mas também de herdades. 
Entre as raças que poderão ter influenciado o Rafeiro do Alentejo mais recentemente, pensa-se que estará o Cão da Serra da Estrela ou até mesmo o Mastim Espanhol. 
Acredita-se que o Rafeiro do Alentejo tenha sido difundida durante a época dos descobrimentos, sobretudo pelos pescadores que visitavam regularmente a Terra Nova. É com base nesta teoria que se defende que o Rafeiro do Alentejo seja um dos antepassados do Cão da Terra Nova, o Newfoundland. 
Sabe-se que o nome “Rafeiro do Alentejo” é utilizado desde o fim do século XIX. A designação vem provavelmente da concepção que a população fazia do cão: um cão rafeiro que era comum na região. 
Apesar da antiguidade desta linha, o Rafeiro do Alentejo teve de esperar até meados do século XX para se ver livre da classificação de rafeiro. Ironicamente, o nome escolhido para a raça acabou por ser o nome colocado pela população. Em 1940, foi realizado um censo por dois cinófilos, António Cabral e Filipe Romeiras, para tentar determinar o número de Rafeiros do Alentejo existiam na região. Este foi o ponto de partida para a realização do estalão e o reconhcimento da raça pelo FCI que veio em 1967. 
Contudo o reconhecimento da raça não proporcionou a popularidade que se esperava para o Rafeiro do Alentejo. O número de exemplares chegou mesmo a diminuir nas décadas seguintes. O êxodo rural e a desertificação do interior não ajudaram esta raça rústica que no início da década de 80 via os seus exemplares reduzidos ao mínimo desde que começou a ser contabilizado o número de cães desta raça. 
Hoje em dia o Rafeiro do Alentejo é um cão popular em Portugal, com registos anuais entre 200 e 500 exemplares, conforme os anos.

Mário Moita e Os Trovadores do Sul - Vozes D'além Tejo - Vozes e sons que transportam o Alentejo na voz

A nova rubrica Vozes D'além Tejo - sons, acordes, melodias e grupos que transportam o Alentejo na voz e na música está de volta.
Desta vez apresenta Mário Moita e Os Trovadores do Sul que como o próprio nome indica é composto pelo pianista Mário Moita e três antigos elementos da tuna Seistetos, da Universidade de Évora.

Mário Moita nasceu em 1971. Estudou Piano na Academia de Música Eborence (1981-87) e licenciou-se em Engenharia na Universidade de Évora em 1997. Apelidado com Embaixador musical pelo presidente da Câmara de sua cidade, começou a cantar fado aos 7 anos, dai desde muito novo adquiriu um gosto e um interesse particular por esse tipo de musica. Para alem disso o facto de ter vivido em Reguengos de Monsaraz (terra do compositor Dr Alberto Janes, o qual escreveu imensos fados para a Amália Rodrigues), proporcionou-lhe a convivência com o pianista Fortunato Murteira que tocava fado ao piano nas décadas de 40, 50 e 60 e que lhe deixou um valor incalculável em partituras da época. Recria uma tradição datada de 1870 quando o fado subiu aos salões para deleite da fidalguia (*), misturando raízes Alentejanas e técnica de canto lírico. O resultado é uma sonoridade romântica de fado ao piano com uma voz melodiosa trabalhada por um reportório lírico. Nos últimos anos tem desenvolvido a sua carreira fora de Portugal, levando o Fado e a cultura portuguesa a zonas do globo onde normalmente não se faz sentir a cultura Portuguesa. Em Abril de 2007 lançou no Museu do fado e da Guitarra Portuguesa o único CD/Livro existente em Portugal sobre a historia do fado ao piano.

Contactos:
www.mariodimoita.com
www.myspace.com/mariomoita  
infomariomoita@gmail.com

Fica o registo da música "Vila de Frades" entoada por Mário Moita e Os Trovadores do Sul.

Trajo da Côca - Compreender e conhecer as tradições da nossa região

O trajo da Côca de Portalegre, trata-se de um trajo de mulher, todo de cor preta, que no início do século XIX era utilizado no dia do casamento, no início do século XX e com a introdução de cores claras nos trajos de casamento, a côca passou a ser fato de viúva, de se ir confessar na semana santa, de ir à missa, ou para efectuar visitas ou encontros clandestinos/proibidos. Este trajo deixou de se ver na cidade de Portalegre por volta dos anos 30 do século XX.Era confeccionado em tecido de algodão, em brocado de seda, e em merino de lã sedoso de acordo com as posses de cada pessoa e condição social.

O trajo é composto por:

Blusa: com franzido nos punhos e na cintura, finge uma blusa sob uma casaquinha com colarete, abotoa de lado ao pescoço,descendo depois ao meio do peito à cintura.Saia: franzida na cintura e comprida até aos pés.
Manto: colocado sobre a cabeça, tapando o corpo da mulher até à cintura ou até à anca de acordo com o nível social de quem o veste (até à cintura para as mulheres abastadas e pela anca para as mulheres da classe média) sendo na parte da frente pendurada, a cair sobre o rosto, uma renda (espessa de forma a que a pessoa não possa ser reconhecida.Meias: pretas ou cinza feitas à mão de cordãozinho. Sapatos: pretos, tipo chinelo com um botão de lado ou cordão atado no peito do pé, de fivela ou de atanado.Nota: a roupa interior usada era semelhante à das outras mulheres variando apenas a qualidade do plano utilizado na sua confecção, em vez de pano cru era utilizado pano branco (conhecido por "casquinha de ovo" mais fino do que o pano cru ou linho.