Fábrica da Robinson - Conhecer a nossa cidade

A Fábrica da Rolha foi fundada em 1837, por Thomaz Reynolds, proveniente de uma família inglesa, que resolveu fundar uma fábrica de cortiça, que se dedicasse sobretudo à produção de rolhas, devido ao elevado consumo de Vinho do Porto em Inglaterra, pois este passou a ser engarrafado, exigindo novas formas de ser preservado pelo maior tempo possível, e com a mais elevada qualidade.
Em 1847, George Robinson, respeitado industrial inglês, adquire os direitos de exploração da Fábrica da Rolha da família Reynolds.
A escolha da aquisição da fábrica deveu-se essencialmente ao facto de Portalegre ser naquela época um dos maiores centros geográficos da cortiça ibérica.
George Robinson instala-se em Portalegre com a sua família, a qual virá a ser composta por 7 filhos, dos quais apenas 2 acabam por sobreviver.
Destes 2 filhos, George Wheelhouse Robinson virá a ser parte fulcral da Fábrica Robinson, quando com 24 anos de idade, após regressar de Inglaterra, assume funções na Fábrica.
Nesta altura, a Fábrica contava com 560 operários.
Em 1891, adquire uma fábrica de rolhas em San Vicente de Alcântara, e dai em diante, foi adquirindo fábricas de cortiça, tanto em Portugal como em Espanha, mantendo sempre os operários que ai trabalhavam, chegando a empregar mais de 2000 operários, na viragem do Sec. XIX. Em simultâneo, adquire propriedades agrícolas, à semelhança de seu pai, com o intuito de controlar o abastecimento de matérias-primas às suas unidades industriais.
Por volta de 1903, a fábrica era dotada de equipamentos modernos e elevados conhecimentos na transformação da cortiça. Conhecimentos esses, que viriam a ser aproveitados para a actividade de produção de aglomerados para revestimentos de piso.

No dia 16 de Janeiro de 1932, George Wheelhouse Robinson, morre na sua casa em Portalegre, deixando uma enorme tristeza espelhada nos rostos dos portalegrenses. A Fábrica, viria a ter vários proprietários entretanto, mas nunca mudou o nome adquirido com George Robinson.


"Preciso da cooperação dos operários e confio em que não me faltará; bem como em que patrão e operários andarão sempre unidos, porque da sua união há-de nascer o bem de um e outros"


George Wheelhouse Robinson

Sem comentários: