Monumental Serenata da Semana Académica de Portalegre 09

Dia 4 de Maio de 2009, pelas 24 horas junto à grandiosa e emblemática Sé de Portalegre.

Grupo Académico Serenatas de Portalegre ao vivo no I Ensaias'Tu

Actuação no Centro de Artes e Espectáculos de Portalegre na abertura do I Ensaias'Tu 2007 - Encontro de Tunas Femininas de Portalegre, organizado pelas Tuninfas - Tuna Feminina do Instituto Politécnico de Portalegre.

Actuação na Semana Académica de Portalegre 08/09

Monumental Serenata da Semana Académica de Portalegre ao som do Grupo Académico Serenatas de Portalegre dia 4 de Maio, pelas 24 horas junto à emblemática Sé de Portalegre.

Actuação na Semana Académica de Castelo Branco 08/09

Monumental Serenata da Semana Académica Albicastrense ao som do Grupo Académico Serenatas de Portalegre dia 27 de Abril, pelas 24 horas na escadaria da Câmara Municipal de Castelo Branco.

Serenata aos pais do "Gustavo", elemento do Grupo Académico Serenatas de Portalegre

Momentos antes da Monumental Serenata da Semana Académica de Portalegre 07/08.
Café Central – Portalegre

Luís Sousa - Para sempre nas nossas memórias

Em cada nota... cada acorde... cada balada...
Estarás sempre na nossa memória.
Foste, és e sempre serás um de nós!
Obrigado por seres quem és!

Historial do Grupo Académico Serenatas de Portalegre


"Nunca se pedem, merecem-se...
Nunca se esquecem, ficam sempre guardadas na memória...
Nunca são feitas para um público, normalmente devem-se a sentimentos...
Uma estranha forma de viver a música, mas que cativa tudo e todos..."

O Grupo Académico de Serenatas de Portalegre foi fundado na década de noventa, por alguns elementos que pertenciam à Tuna Papamisto ( Tuna mista do Politécnico de Portalegre ). Aquando do casamento de um casal de elementos da referida tuna, alguns elementos masculinos da mesma, querendo oferecer uma prenda especial ao casal, reuniam após os ensaios para ensaiar a referida prenda. Devido à qualidade desses ensaios, que ultrapassaram todas as expectativas dos tunos, iniciaram-se então as conversações com vista à formação Grupo Académico de Serenatas de Portalegre. Fundado na famosa casa nº 140 da Rua da Mouraria, na altura casa de Paulo Silva, aluno do 1º ano de Matemática e Ciências, foi marcada uma reunião onde foram discutidas as linhas mestras que regem ainda o hoje o grupo, fundado com o intuito de preencher uma lacuna existente na academia Portalegrense. Desde então o grupo continua a exercer as suas actividades até aos dias de hoje, desejando que o espírito académico se prolongue por muitos e muitos anos, através de uma renovação constante de novos elementos e novas mentalidades, sem nunca destorcer o verdadeiro significado do espírito de serenata. Para além da participação em várias semanas académicas e eventos em que o espírito de serenata se adeqúe, o Grupo Académico de Serenatas de Portalegre preza ainda pela continuidade da sua tradição de actuações nocturnas pelas ruas da cidade de Portalegre de janela em janela.

História do Acordeon - Compreender e conhecer os nossos instrumentos

Também conhecido como acordeão ou sanfona este instrumento, tem suas origens na China iniciadas por um outro instrumento denominado “CHENG” há 2700 anos a.C. Era uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tinha a forma de uma ave, o Fênix, que os chineses consideravam o imperador das aves. 

O Cheng era dividido em 3 partes :
1º - Recipiente de ar
2º - Canudo de sopro
3º - Tubos de bambu

O recipiente de ar parecia com o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tinha a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada era a de 17. O fato curioso aqui, era que destes 17 tubos de bambu, 4 não tinham a abertura em baixo para entrada do ar, eram mudos, e colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar, existiam as perfurações onde eram fixados os tubos de bambu e em cada tubo era colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. 
Este recipiente (espécie de cabaça) era abastecido constantemente pelo sopro do músico, que tapa com as pontas dos dedos os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a musica a ser executada ele vai soltando os dedos, podendo formar assim, os acordes. Em cada tubo de bambu há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra , que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.
O Cheng foi o precursor do Harmônio e do Acordeão, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta. O nome diferenciava-se de acordo com a região que era usado, o Cheng recebia nomes como: Schonofouye , Hounofouye, Tcheng, Cheng, Khen, Tam Kim, Yu, Tchao, Ho.
De acordo com o padre jesuíta Amiot, o Cheng da China chegou em St. Petersburg, na Rússia, onde Kratzenstein (Christien Theophile), doutor em filosofia, em medicina e professor da Faculdade de Medicina na Universidade de Copenhague, nascido em Wernigerode em 1723 (Rússia), examinado o instrumento, verificou que o seu agente sonoro era uma lamina de metal que vibrava por meio do sopro produzindo sons graves e agudos. Ele sugeriu que Kirschnik aplicasse nos tubos dos órgãos de sua fabricação esta lamina livre de metal, o que foi feito em 1780. Da Rússia passou para a Europa, tendo a Alemanha tomado grande interesse sobretudo nos instrumentos de órgão.
Foi daí que Christien Friederich Ludwig Buschmann, fabricante de instrumentos, teve a idéia de reunir várias laminas afinadas e fixadas numa placa formando uma escala cujos sons se faziam ouvir passando rapidamente através do sopro; isto aconteceu no ano de 1822. Mais tarde ele transformou esta pequena placa num instrumento musical em um brinquedo infantil, tocado com as duas mãos ao qual deu o nome de Handaolina ou Harmônica de mão. Para tanto aumentou o número de palhetas de metal e o tamanho do aparelho , anexando- lhe um pequeno fole e uma série de botões. 
Este instrumento, depois, segundo a história, foi aperfeiçoado por Koechel e 7 anos mais tarde o austrí­aco Cirilo Demian, construiu em Viena um instrumento rudimentar de palheta livre, teclado e fole que permitiam a obtenção de acordes; Seu nome passou a se chamar “Acordeão” devendo-se ao fato de ter 4 botões na parte da mão esquerda, que ao serem tocados com os dedos afundados soava o acorde; Este nome ficou definitivamente ligado ao instrumento através de inúmeros aperfeiçoamentos que obteve ao decorrer da história.
O sistema de palheta livre já havia sido aperfeiçoado por Greniê em 1810, na França, rico em sonoridade, dando origem ao órgão, e o francês Pinsonat, empregou o mesmo sistema no Alamirê ou Diapasão Tubular que veio a chamar-se Tipófono ou Tipótono e do qual se originou a Gaita de Boca, cuja invenção se deve a Eschenbach, que é um conjunto de palhetas metálicas como linguetas, dispostas cada uma em seu caixilho e vibradas pelo ar soprado pela boca. 
Na França o acordeão foi aperfeiçoado em 1837 por C. Buffet e segundo todos os tratados sobre o assunto o Acordeão nada mais é do que o aperfeiçoamento de diversos instrumentos do mesmo gênero como o Oeline de Eschenbach, o Aerophone de Christian Dietz, a Physarmônica de Hackel, etc., tomando desde esta data sua forma definitiva e seus variados registos para mudança de intensidade e timbre do som.
Mais tarde, com a escala cromática, foi que o Acordeão pode produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. Na Itália que se fabricam os melhores acordeões, tendo sido os primeiros construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé. No entanto, na Alemanha, foi construído o primeiro Acordeão em 1822, em Berlim, e daquele país vem a marca Hohner. Nos EUA há diversas fábricas, sendo a marca Excelsior a mais famosa. 
Desde então, o Acordeão, o belo instrumento que vem sendo constantemente aperfeiçoado pelos fabricantes que, entusiasmados com sua grande aceitação, procuram melhorá-lo, não só na parte mecânica como também na sonoridade. Hoje, o Acordeão é um dos instrumentos mais utilizados de todos os povos, alcançando uma grande abrangência em diversos estilos musicais.

História da Viola - Compreender e conhecer os nossos instrumentos


A guitarra clássica, também conhecida como violão, ou Spanish guitar em inglês (em Portugal a denominação mais comum é viola, embora até meados do séc. XX também fosse violão), é uma guitarra acústica com cordas de nylon, concebida inicialmente para a interpretação de peças de música clássica. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado.

Sobre o nome:
Na língua portuguesa, o nome “guitarra” se aplica ao instrumento acústico ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o nome derive diretamente do termo “viola”, que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome “violão” foi o termo “viola”, acrescido do sufixo de aumentativo “—ão”.
Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.

Uso na música popular:
Um violão ou guitarra clássica
Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo custo e o peso reduzido. Isso também o torna o instrumento preferido de alguns intérpretes. Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o acompanhamento do canto é facilmente dominada e as revistas com cifras dos sucessos musicais do momento são facilmente encontráveis em qualquer quiosque de jornais. Poucos instrumentos são tão presentes no cotidiano, executados por músicos amadores tanto quanto por profissionais.
No Brasil, apresentações com “um banquinho e um violão”, em pequenos espaços, com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova e na MPB.
A despeito desse valor gregário, em muitas canções, o violão é descrito como o único companheiro das horas de solidão. Os versos de Caetano Veloso em “Tigresa” descrevem um desses momentos: “E eu corri pra o violão num lamento E a manhã nasceu azul Como é bom poder tocar um instrumento”. Em outros momentos, o violão é descrito como um item essencial sem o qual a vida não teria sentido. Na letra de “Chão de Estrelas”, Orestes Barbosa diz que “(...) a ventura desta vida é a cabrocha, o luar e o violão”. No verso final de “Acorda amor” (Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque) o marido em fuga pede à sua esposa que não se esqueça de colocar na mala os itens de primeira necessidade: “Não esqueça a escova, o sabonete e o violão”.
Em Cabo Verde, o violão é o instrumento-rei para acompanhar géneros musicais locais, tais como a coladeira, a mazurca e a morna, e pode ocasionalmente ser usada em outros géneros. Para além de instrumento de acompanhamento é também utilizado como instrumento solista.
Em Portugal, para além de ser usado em vários géneros musicais, é o principal instrumento de acompanhamento para o fado (sendo, neste caso, chamado pelos músicos de “viola”), onde a parte melódica é feita na guitarra portuguesa e o baixo feito no violão baixo.



História do Bandolim - Compreender e conhecer os nossos instrumentos

A História do Bandolim remonta a vários séculos atrás. Sendo um intrumento que, cada vez mais (depois de um período de quase desaparecimento) se consolida como indispensável na música tradicional portuguesa, muito graças aos estudantes e às suas tunas que fizeram renascer a glória deste instrumento. Mas não só, mesmo a nível internacional não são raros os grupos Rock, Folk e Pop de renome que têm utilizado este magnífico cordofone para aprimorarem as suas composições por exemplo: R.E.M., James, Blind Melon, U2, Jovannotti, entre muitos outros. A nível nacional o bandolim é sobretudo utilizado pelas Tunas Académicas e algumas Orquestras Típicas, mas também tem sido utilizado em alguns grupos de música moderna. Um bom exemplo de uma utilização espetacular do bandolim, com um efeito muito bom no produto final de um grupo português dos nossos dias são os trechos de bandolim dos coimbrões Belle Chase Hotel. Ena Pá 2000, Belle Chase Hotel, Blind Zero, vêm, com muitos outros, juntar-se a um leque cada vez mais alargado de músicos que compreenderam que a relativa acessibilidade deste instrumento (essencialmente em termos de custo)não significa menor mais-valia na criação musical, bem pelo contrário.
É justo salientar o excelente trabalho de investigação e composição que o compositor Júlio Pereira tem desempenhado ao longo dos anos. Desde a sua recolha de informação no Atlas Musical de Portugal, até informações sobre os diversos cordofones que ele toca (bandolim, cavaquinho e diversos tipos de viola), enfim, um trabalho de louvar que se encontra compilado e disponível na sua homepage e que, em conjunto com algumas visitas ao Museu de Cordofones de Domingos Machado em Tebosa - Braga, muito contribuiram para eu conseguir compilar estas informações acerca do bandolim.
O Bandolim é conhecido como um cordofone com origem napolitana, de costas periformes e abauladas tal como as do alaúde e dotado de quatro cordas duplas de metal cuja percussão com palheta ou plectro produz um efeito de tremolo rápido e encadeado que aumenta ilusóriamente a duração das notas criadas. 
A Família dos Bandolins é constituída pela Bandolineta (sopranino), o Bandolim (soprano), Bandoleta (Alto), Bandola (Soprano), Bandoloncelo (Baixo) e Bandolão (Baixo – com forma de bandolim mas tocado como contrabaixo – cerca de 1,50m de altura).
Os bandolins existem desde o séc. XVI, tedo a sua origem em Itália, onde surgiram para substituir o Alaúde. Cada cidade tinha o seu bandolim (existindo Napolitanos, Romanos, Sicilianos, Florentinos etc) e a principal diferença entre estes eram o número de cordas e a afinação.
Os construtores Italianos mais famosos foram os violeiros Vimercati, Sechi, Vinaccia e Rafaelle Calace.
Enquanto que os italianos construiam os seus bandolins com forma semelhante à do alaúde, sem ilhargas e com costas arqueadas, em Portugal, onde o bandolim teve muita aceitação estes foram construídos com ilhargas e fundo chato, criando a escola portuguesa de bandolins.

Em Portugal, sendo um dos instrumentos de câmara preferidos pela burguesia portuguesa de Novecentos, o bandolim alcançou uma popularidade crescente que o transformou num instrumento característico de outras festividades e agremiações. Encontrando-se actualmente liberto das rígidas convenções técnicas de interpretação do passado, ele é hoje principalmente tocado por estudantes em tunas universitárias de cariz urbano ou integrado em ‘rusgas’ populares, participando nas ‘chulatas’ ou outras formações instrumentais mistas características das mais diversas celebrações profanas.
No séc. XIX construiram-se inúmeros bandolins de luxo, essencialmente tocados por senhoras. Ainda no princípio do século XX, as senhoras professoras primárias tinham, aquando da sua formação, aprendizagem de bandolim. 
No início do séc. XX a cidade do Porto era o principal polo de onstrucção de instrumentos de corda do país, do Porto partiam guitarras (especialmente de Coimbra), bandolins, cavaquinhos e outros cordofones para todo país. Daí que surjam, no início deste século vários modelos dos diversos instrumentos com características próprias incutidas na Invicta ou no Douro Litoral. Com a I Grande Guerra, instala-se uma crise no país que atinge com particular força os violeiros (visto serem bens de entretenimento). Assim, a grande maioria destes vê-se obrigada a partir da Cidade do Porto para o Miho e/ou para a província tendo como mercado alvo as Romarias e os Ranchos, muito frequentes nesta região do nosso país.

Instituto Politécnico de Portalegre

O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) é uma Instituição de Ensino Superior que integra, neste momento, quatro Escolas Superiores - Educação (ESEP), Tecnologia e Gestão (ESTG), Agrária de Elvas (ESAE) e Saúde. 
O IPP inicia a sua actividade em 1985 com a ESEP, para, em 1990, começar a funcionar a ESTG, em 1995 a ESAE e, em 2001, integrar a Escola Superior de Enfermagem (actual Escola Superior de Saúde). 
A preocupação social tem sido lema deste Instituto. O aumento da capacidade de alojamento de alunos e docentes, o fornecimento de refeições em condições vantajosas, o apoio psico-pedagógico e médico aos alunos e as facilidades concedidas na prática desportiva, no acesso às novas tecnologias e na participação em actividades culturais, testemunham essa preocupação. 
Favorecendo-se a cooperação com a comunidade e a prestação de serviços à mesma, a articulação entre as Escolas do Instituto e as Instituições e Empresas resulta benéfica para docentes e alunos, especialmente para estes, face à elevada colocação profissional que se tem verificado. De resto, orgulhamo-nos de afirmar que os nossos diplomados rapidamente encontram trabalho. 
Com uma oferta de 21 cursos de Licenciatura e quatro Mestrados, várias Pós-Graduações (não conferentes de grau) e Cursos de Especialização Tecnológica (CET), o Instituto Politécnico de Portalegre abarca áreas tão diferentes como a formação de professores, o turismo, a animação social, o jornalismo, a agricultura, a veterinária, a gestão, a equinicultura, a enfermagem, a engenharia, a informática, o serviço social, o design e o marketing. Com cerca de 250 docentes, 200 funcionários e 3000 alunos, ganha-se animação e dinamismo até agora impensáveis. Ganha-se, igualmente, relevância e afirma-se toda a comunidade académica.

Cante Alentejano - Vozes da Região e a sua Tradição

O que é, afinal, o cante alentejano?
“O cante alentejano é uma polifonia simples, a duas vozes paralelas, à terceira superior”. “É composto de modas, nas quais sobressaem, nalgumas delas, dois sistemas musicais inteiramente distintos; o sistema modal e o sistema tonal. O sistema modal, em uso durante toda a Idade Média, o sistema tonal, já fruto do Renascimento, no século XVI”

E como se canta?
“Os cantadores, geralmente homens do campo, cantam em grupo, divididas as vozes em três naipes: o Ponto, o Alto e as Segundas vozes. A função do Ponto é iniciar a moda, retornada depôs pelo Alto, e em seguida pelas segundas vozes, constituindo assim o coro. A função específica do Alto é preencher as pausas com os vaias, no fim das frases musicais, excepto na última — assim uma espécie de Ponto na 1 vez”(Padre António Augusto Alfaiate Marvão).

Até onde remontam as origens de “cante”?
Como sabe, existem três vias para dar resposta a essa dúvida que nos surge sempre que queremos encontrar o momento, o local e o modo do surgimento do cante alentejano. Estudiosos da matéria apontam a génese do cante para a pratica coralista gregoriana, encontrando razões, pontos de convergência e similitudes que para eles são irrefutáveis. Outros, igualmente empenhados no estudo desta matéria, avançam como resposta a herança histórico-cultural legada pela presença árabe no nosso país e a sua abalada mais tardia do sul do país. Buscando e encontrando semelhanças, na forma de expressão vocal nossa e no cante mourisco….
Mas, outros há ainda que respondendo à mesma questão, negam ambas as explicações anteriores e apontam como fundamento da origem do cante alentejano a fixação pelas nossas gentes e a sua interpretação sistemática, de uma forma de polifonia onde se concentram e se exteriorizam os valores mais profundos da alma deste povo.

E quais as suas estruturas?
No seu início, o cante tinha como palco o campo. Foi uma necessidade sentida pelos trabalhadores para lhes aconchegar o espírito e lhes aliviar o corpo. Nasceu nas idas e nas vindas do trabalho e cultivou-se na dureza da azáfama.
O cante nasceu em função do trabalho, burilou-se na sua execução, passou a ser instrumento do mesmo.
Depois prolongou-se caminhos fora e entrou nas vilas e nas aldeias. Continuou-se nas tabernas, apareceu nas festas.
Mas a sua função principal não era animar os folguedos. Nasceu da necessidade dos trabalhadores inventarem um bálsamo para as suas dores tantas.
E o cante era isso, um grito que aliviava, um suspiro que tornava menos amarga a dureza da vida.
O cante colectivo, o som projectado por tanta garganta em uníssono, dava uma sensação de força maior, que se acrescentava à outra que a fraqueza ia vencendo, quer debaixo do sol escaldante, quer sob uma qualquer intempérie para a qual não havia abrigo de jeito.
No trabalho esforçado para além dos limites das posses individuais, valia assim a presença do coro colectivo que emprestava ânimo e ajudava, no seu cadenciado, a vencer mares de searas.
Tudo se formava e tudo se dissolvia na ida e com o regresso das labutas, onde homens, mulheres e crianças marchavam juntos durante quilómetros. Era essa a escola, era essa a vida do cante.
Só mais tarde, a partir da década de trinta, dentro das vilas, é que os Grupos corais começaram a ter alguma consistência organizativa.
Em torno da figura de um bom cantador, começaram a esboçar-se os Grupos Corais que temos hoje. Com disciplina de posições, com organização e ensaios.

A mulher começa a aparecer no “cante”. A que se deve tal facto? A mulher também faz parte da tradição?
Como atrás dissemos, as mulheres estiveram na génese do cante, lado a lado com os homens. Ombreavam no trabalho e aí, podiam cantar e cantavam juntos.
Mas a sequencia, digamos que urbana do cante, privou, durante décadas, as mulheres de assumirem o seu papel como intérpretes de uma “moda” que também era sua.
Dado o seu estatuto Sócio-Cultural, não frequentavam os lugares onde o cante se prolongou depois de desaparecer dos campos, afastado pela mecanização da agricultura. Por isso, só por isso, durante tanto tempo se fez o silêncio nas gargantas femininas.
Mais tarde veio Abril e pouco a pouco foram-se abrindo os corações das mulheres para o cante, à medida que se iam também abrindo os horizontes dos seus direitos e as suas possibilidades de movimentação dentro do tecido social.

Dizem-me que o cante nunca cantou a política. E quais eram os temas cantados?
Antes de 74 o cante não podia abordar a temática política Algumas modas, porque as houve, mais ousadas eram proibidas e os seus interpretes castigados. Neste país, mesmo com fome não se podia gritar por pão. Mesmo tolhidos, não podiam clamar por liberdade. Assim, as modas, feitas e divulgadas nessa época, na sua generalidade, cantavam a vida, a contemplação, a nostalgia, o amor, a saudade, o trabalho, tinham uma função mais de expiação das mágoas do que de reivindicação de melhor sorte.
Logo a seguir ao 25 de Abril, o cante e os corais foram notoriamente instrumentalizados para “enfeitarem” manifestações e comícios e as letras das modas, por essa via, sofreram, como não podia deixar de ser, durante algum tempo as influências diretas do momento político efervescente, reivindicativo e até quase conspirativo da altura, como nas modas “morreu Catarina, era comunista” e “oh reforma agrária, eu sonhei contigo...”.
Mas depressa os Grupos retomaram o cancioneiro popular, continuando a cantar as modas que falavam da vida, da sua vida, do campo e da nostalgia de tempos idos, como na moda, “lembra-me o tempo passado, tudo se vai acabando, o boi puxando o arado e o almocreve cantando…”.

Uma moda entoada de uma forma diferente, Cantares Alentejanos com Orquestra Sinfónica (Ronda dos Quatro Caminhos):

O cante tradicional:

História do Vinho - A Bebida dos Deuses e do "Estudante Cantor"

A história do vinho em Portugal vai para além da fundação da nacionalidade. Considera-se que a vinha foi plantada pela primeira vez na Península Ibérica (no vale do Tejo e no vale do Sado) cerca 2000 A.C. pelos Tartessos. Os Fenícios introduziram novas castas de uvas e tomaram conta do comércio do vinho dos Tartessos cerca do século X A.C. Os Gregos instalaram-se na Península Ibérica no século VII A.C. desenvolveram a cultura da vinha e trouxeram progressos nos métodos de fazer o vinho. No século VI A.C. os Celtas introduziram novas castas de uvas na Península Ibérica. Os Romanos chegaram à Península Ibérica cerca do século II A.C. e contribuíram para a modernização da cultura da vinha. Com a queda do Império Romano o vinho continuou a ser produzido pelas civilizações que se seguiram. 
Com a fundação de Portugal o vinho tornou-se no produto mais exportado. Um grande aumento das exportações de vinho começou a segunda metade do século XIV. Nos séculos XV e XVI, com as descobertas Portuguesas, as caravelas carregavam sempre vinho. Com o tratado de Methwen em 1703 abrindo o comércio entre Portugal e Inglaterra, estabelecendo condições especiais para a penetração do vinho Português em Inglaterra, as exportações de vinho tiveram um considerável aumento. Em 1756 o vinho do Porto era já tão famoso que no sentido de regular o comércio e a produção da região foi criada a primeira região demarcada do mundo a região produtora do vinho do Porto a região Alto Douro. No século XIX a praga da filoxera dizimou largas áreas de vinhas Portuguesas. Nos fins do século XIX a produção de vinho começou uma lenta recuperação. No principio do século XX varias regiões vinícolas foram demarcadas e em 1986 as regiões vinícolas foram redefinidas e novas foram criadas depois da adesão Portuguesa à União Europeia.

Casa Museu do Poeta e Escritor José Régio - Guia do Grupo Académico de Portalegre

Casa-Museu José Régio em Portalegre foi instalada naquela que foi a habitação de José Régio durante 34 anos.
Quando José Régio foi colocado no Liceu Mouzinho da Silveira, em Portalegre, na casa funcionava uma pensão, onde se hospedou.
Data dos finais do século XVII e terá sido um anexo do convento de S. Brás, do qual ainda existem alguns vestígios, nomeadamente da capela. Também serviu como quartel-general aquando das guerras peninsulares e muito mais tarde pensão 21. 
José Régio alugou um humilde quarto e à medida que a necessidade de espaço aumentava com a ampliação constante da sua colecção, ia alugando as outras dependências da casa, até que se transformou em hóspede único.
Em 1965 vende a sua colecção à Câmara Municipal de Portalegre com a condição desta adquirir a casa, restaurar e transformar em Museu. Ficaria com o usufruto e só a sua morte este passaria para a Câmara. Tal não aconteceu, pois José Régio morre a 22 de Dezembro de 1969 e o Museu só veio a abrir a 23 de Maio de 1971.
Além deste espólio, a Casa-Museu possui um variado acervo literário dividido entre a própria casa, as reservas e o centro de estudos.
Este espólio resultou do gosto, de José Régio, pelas antiguidades pelo coleccionismo que segundo diz, nasceu-lhe cedo por influência do seu avô. Mas foi no Alentejo que se ampliou e desenvolveu. A região era fértil e rapidamente se espalhou que havia um professor de Liceu que gostava e comprava coisas velhas. Começou por ser um passatempo, uma mania, mas depressa se transforma numa actividade regular, num vício.
Compra, vende e troca. Tinha épocas. A dos pratos: os "ratinhos" - uma faiança popular de Coimbra, trazida por migrantes que vinham ceifar ao Alentejo e no final das fegas os trocavam por roupas e tecidos, os de Estremoz, de Miragaia, de Fervença...
Os estanhos, os cobres, e na cozinha os ferros forjados e outras curiosidades do artesanato alentejano - marcadores de pão e bolos, as pintadeiras, dedeiras ou canudos e os trabalhos em chifre como as cornas e os polvorinhos.
E não podemos deixar de referir a colecção de arte sacra. Os Cristos, a sua grande colecção, nas mais diversas apresentações e representações são, essencialmente, em madeira e de arte popular. Feitos por quem tinha um certo jeito, faziam parte do enxoval das noivas, em tempos idos no Alentejo!

Contactos:
Rua José Réglo, Boavista-Portalegre
Telefone: 245 307 535

Horário: de 3ª Feira a Domingo
09.30 às 12.30 horas
14.00 às 18.00 horas

José Régio, Poeta e Escritor - Guia do Grupo Académico Serenatas de Portalegre

Escritor português, natural de Vila do Conde, onde viveu até completar o quinto ano do liceu, após o que continuou a estudar no Porto. José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, publicou, em Vila do Conde, nos jornais O Democrático e República, os seus primeiros versos. Aos 18 anos, foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925), com a tese «As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa». Esta foi pouco apreciada, sobretudo pela valorização que nela fazia de dois poetas então quase desconhecidos, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa. Esta tese, refundida, veio a ser publicada com o título Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa (1941). 
Com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões fundou, em 1927, a revista Presença (cujo primeiro número saiu a 10 de Março, vindo a publicar-se, embora sem regularidade, durante treze anos), que marcou o segundo modernismo português e de que Régio foi o principal impulsionador e ideólogo. Para além da sua colaboração assídua nesta revista, deixou também textos dispersos por publicações como a Seara Nova, Ler, O Comércio do Porto e o Diário de Notícias. No mesmo ano iniciou a sua vida profissional como professor de liceu, primeiro no Porto (apenas alguns meses) e, a partir de 1928, em Portalegre, onde permaneceu mais de trinta anos. Só em 1967 regressou a Vila do Conde, onde morreu dois anos mais tarde. 
Participou activamente na vida pública, fazendo parte da comissão concelhia de Vila do Conde do Movimento de Unidade Democrática (MUD), apoiando o general Nórton de Matos na sua candidatura à Presidência da República e, mais tarde, a candidatura do general Humberto Delgado. Integrou ainda a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), nas eleições de 1969. 
Como escritor, José Régio dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio. Centrais, na sua obra, são as problemáticas do conflito entre Deus e o Homem, o indivíduo e a sociedade, numa análise crítica das relações humanas e da solidão, do dilaceramento interior perante a relação entre o espírito e a carne e a ânsia humana do absoluto. Levando a cabo uma auto-análise e uma introspecção constantes, a sua obra é fortemente marcada pelo tom psicologista e, simultaneamente, por um misticismo inquieto que se revela em motivos como o angelismo ou a redenção no sofrimento. A sua poesia, de grande tensão lírica e dramática, apresenta-se frequentemente como uma espécie de diálogo entre níveis diferentes da consciência. A mesma intensidade psicológica, aliada a um sentido de crítica social, tem lugar na ficção. Como ensaísta, dedicou-se ao estudo de autores como Camões, Raul Brandão e Florbela Espanca. Na revista Presença, assinou um editorial («Literatura Viva») que constituiu uma espécie de manifesto dos autores ligados a este órgão do segundo modernismo português, defendendo a necessidade de uma arte viva, e não livresca, que reflectisse a profundidade e a originalidade virgens dos seus autores.


Toada de Portalegre (excerto):

Em Portalegre, cidade 
Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros 
Morei numa casa velha, 
À qual quis como se fora 
Feita para eu Morar nela...

Cheia dos maus e bons cheiros 
Das casas que têm história, 
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória 
De antigas gentes e traças, 
Cheia de sol nas vidraças 
E de escuro nos recantos, 
Cheia de medo e sossego, 
De silêncios e de espantos, 
- Quis-lhe bem como se fora 
Tão feita ao gosto de outrora 
Como as do meu aconchego.


O Capote Alentejano - Elemento do Traje do Instituto Politécnico de Portalegre

O Alentejo com as suas douradas planícies, outrora repletas de cultivo, traz-nos tradições milenares. Os trajes típicos desta região de Portugal são prova disso.
O Capote - é uma peça de abrigo e de talhe quase direito. Os braços mantêm a liberdade de movimento, o corpo nunca se sente apertado e o frio não entra. Vasto e de certo peso, quase toca o chão, cobrindo todo o corpo. A gola, em pele de raposa usa-se levantada.

História da Cidade de Portalegre - Conhecer a nossa cidade

Perde-se na obscuridade da história a origem da cidade de Portalegre. Segundo uma lenda contada por Frei Amador Arrais, Bispo de Portalegre: Passeava um dia Maya, filha de Lísias, com Tobias, até que um vagabundo, Dolme, a cobiça e a rapta, assassinando Tobias que se movia em defesa de Maya. Lísias capitão de Baco desesperado pelo desaparecimento da filha , parte à sua procura mas encontra-a morta.Lísias estaria então acampado no mesmo sítio onde ainda hoje passa o Ribeiro de Baco. Lísias viria então a morrer de súbita alegria, após ter vagueado muito tempo chamando pela filha, quando um dia julga ve-la estender-lhe os braços numa ilusória aparição. Seria então em homenagem a Maya que se teria fundado a cidade de Ammaia no mesmo sítio onde hoje está Portalegre.Sabe-se hoje porém que apesar de ter existido, a cidade Romana de Ammaia, encontrava-se onde hoje está a povoação de Aramenha e que toda esta lenda que sempre se contou sobre a cidade de Portalegre não passa de fantasias apoiadas numa lápide Romana, ainda hoje existente no Museu Municipal e que terá sido trazida de Aramenha para Portalegre quando da sua fundação, tendo na altura servido de base a uma coluna na, ainda existente, ermida do espírito santo. Nessa lápide pode ler-se (traduzido): «Ao imperador Lúcio Aurélio, verdadeiro Augusto, filho do divino Antonino, Pontífice Máximo, investido no poder tribunício, cônsul pela 2ª vez, pai da Pátria, dedicou o município de Ammaia».Remetendo ao mais antigo cronista da cidade - O padre Diogo Pereira Sotto Maior - e apesar de ele ter relatado outras teses sobre o aparecimento da cidade a mais provável seria a seguinte: «Dizem que esta cidade foi primeiro situada em üas vendas que estavam por cima dos Portelos, junto à ermida de San Bartolomeu e contra a Porta da devesa que se chamavam as Vendas dos Portelos e que daqui tomou depois o nome de Portalegre…E porque sua vista é alegre e aprazível aos olhos de quem nele os punha, vieram chamar-lhe porto alegre, donde depois vem a chamar-se Porto Alegre, derivado de Portelos.» Certo é, porém, que em 1259, pouco mais de meio século volvido sobre a formação do reino de Portugal, D. Afonso III concede a Portalegre o seu foral de vila, mandando reconstruir a antiga povoação de Portelos, arrasada pelas escaramuças entre cristãos e Muçulmanos, dando-lhe o nome de Portus Alacer (Portus - um local de trânsito de mercadorias e Alacer - devido à sua alegre e pitoresca situação). Pela importância do seu aspecto estratégico. D. Dinis, em 1290, rodeia-a, de forte e dupla muralha (alguns troços ainda hoje existentes) e manda erguer o seu castelo, sobranceiro à planície extensa, sentinela vigilante para a defesa da integridade do território Português. Para além das duas cercas de muralha e das doze torres existiam também sete portas: Poterna, ao fundo da Rua da Figueira (desaparecida), Crato (conhecida hoje por arco do Bispo), Évora ou Porta Falsa, ao fundo da Rua do Arco (desaparecida), Elvas, ao fundo da rua com o mesmo nome (desaparecida), Alegrete ou S. Francisco (conhecida hoje por arco de St António)(por esta porta entrou Filipe II de Espanha, I de Portugal tendo se dirigido à Sé onde foi recebido pelo Bispo D. Filipe de Noronha e pelo Clero), Postigo, ao cimo da rua de S. Tiago e Pirão (desaparecida) e devesa ou Espírito Santo.Por carta de 18/11/1299, D. Dinis decidiu que Portalegre seria sempre “de El Rei e de seu filho primeiro herdeiro”. Em 1387 D. João I grato pela atitude dos Portalegrenses ao pugnarem pela sua causa, a da independência, durante as cortes de Coimbra, deu-lhe o titulo de Leal, tendo sido Portalegre a segunda a fazê-lo, logo a seguir ao Porto.Em 1549, por diligências de D. João III, o Papa Paulo III expedia a bula que criava a nova diocese de Portalegre, tendo posteriormente sido elevada a cidadepor carta de privilégios de D. João III datada de 23 de Maio de 1550. Ainda hoje se celebra todos os anos o dia da cidade a 23 de Maio.Com a elevação a cidade , muitos nobres e burgueses construíram a sua casa fora de muros. Essas construções formam um dos conjuntos mais notáveis de moradias seiscentistas e setecentistas do País. A burguesia empreendedora que nessa época se fixou na cidade desenvolveu variadas indústrias especialmente a têxtil.Em 1640, Portalegre é uma das primeiras cidades a reconhecer a independência de Portugal no dia 2 de Dezembro.No dia 18 de Julho de 1835 é elevada a sede de distrito.As cores da cidade são o amarelo (nobreza, fé, fidelidade, constância e liberdade) e o negro (terra, firmeza e honestidade).