Ao fim de 16 anos de governo do Bispado portalegrense, D. Diogo Correia, 4º prelado da Diocese, foi habitar uma quinta perto da cidade de Portalegre, que por isso passou a chamar-se Quinta do Bispo.
Reza a tradição que foi nela que D. Diogo modelou a imagem representando Ecce Homo, que mandou colocar em determinado ponto da quinta. A imagem, feita de barro, por muito tempo conservou a cor natural. D. Diogo morreu na dita quinta a 9 de Outubro de 1614. Em 1714, alguns devotos mandaram encarnar a imagem, e ao mesmo tempo construiu para ela um pequeno nicho, o qual mais tarde foi transformado na actual Igreja, que passou a ser protegida pela esposa de D. João V e passou a ter o título de Real Igreja do Bonfim, a qual encerra uma decoração de talha dourada e pinturas de valor incalculável (pelo colorido dos estuques, dos painéis pintados e dos painéis de azulejo que revestem as paredes).
D. Álvaro Pires de Castro Noronha, Bispo de Portalegre, nomeado por D. João V, lançou a primeira pedra para a sua fundação, em 21 de Dezembro de 1721. Tinha irmandade com 24 deputados, 12 clérigos, 12 seculares e Sua Majestade e Protectora.
Os paramentos eram ricos, brancos de tela de prata. Tinham os seguintes altares: Senhora da Luz, Senhor do Bonfim e Senhora do Amparo.
Em 1852 a Igreja foi restaurada.
Foi outrora centro de romarias e actualmente realizam-se junto desta igreja as festas do Senhor do Bonfim no último domingo de Setembro.
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