Aproxima-se mais uma Semana Académica de Portalegre. Dia 3 MAio com a Monumental Serenata da Semana Académica de Portalegre ao som do Grupo Académico Serenatas de Portalegre pelas 24 horas como manda a tradição junto à emblemática Sé de Portalegre. Desejamos desde já os parabéns a todos os finalistas e as boas vindas ao "caloiros" que o irão deixar de ser nesta noite que se espera anima, com muito espírito académico e que seja o início de mais uma semana fantástica e inesquécivel. Pedimos desde já a todos que pela tradição de uma serenata se mantenha o silêncio durante a actuação do Grupo Académico Serenatas de Portalegre e caso desejem aplaudir o grupo, que o façam apenas no final da actuação.
No próximo dia 16 de Abril de 2010 irá decorrer o I Encontro Académico do Centro Popular de Trabalhadores de São Cristóvão, Portalegre. Com inicio marcado para as 21h30m, este 1º Encontro contará com a presença do Grupo Académico Serenatas de Portalegre e de 5 tunas. Para a organização, o Grupo Académico Serenatas de Portalegre deseja as maiores felicidades e que este seja o primeiro Encontro de muitos. Que seja acima de tudo uma boa noite académica com as tunas e grupo locais e que todos os presentes se divirtam.
Pelo segundo ano consecutivo o Grupo Académico Serenatas de Portalegre irá marcar presença na Noite de Serenatas da Semana Académica de Castelo Branco. Dia 19 de Abril de 2010, à hora do costume, na escadaria da Câmara Municipal de Castelo Branco. Uma vez mais os nossos agradecimentos à FACAB pelo convite e pela forma como o Grupo foi recebido e tratado anteriormente.
O Rafeiro do Alentejo é uma raça antiga presente na região alentejana desde tempos imemoráveis. Como a maioria dos molossos europeus, acredita-se que tenha descendido dos cães corpulentos do Tibete. Estes molossos ter-se-ão espalhado pela Ásia e depois difundidos pelos Romanos aquando das suas conquistas. As características destes cães foram mudando ao longo de séculos. Os romanos utilizavam-nos como cães de guerra e os ingleses chegaram a usá-los para tracção, uma espécie de cavalo dos pobres. Os molossos na Península Ibérica foram apurados para se tornarem cães de pastoreio. A sua tarefa era proteger os rebanhos de predadores, como o lobo, mas também de ladrões. Com a transumância, a migração periódica de rebanhos, cães fortes e protectores eram cada vez mais necessários. Durante a época quente, os rebanhos eram levados das planícies para as montanhas e durante o inverno, o percurso era o contrário. Em Portugal, os rebanhos chegavam a ser levados desde o Alentejo até ao Douro e vice-versa. Com o fim destas migrações, o Rafeiro do Alentejo acabou por se fixar nas planícies alentejanas, tornando-se num óptimo cão de guarda de rebanhos, mas também de herdades. Entre as raças que poderão ter influenciado o Rafeiro do Alentejo mais recentemente, pensa-se que estará o Cão da Serra da Estrela ou até mesmo o Mastim Espanhol. Acredita-se que o Rafeiro do Alentejo tenha sido difundida durante a época dos descobrimentos, sobretudo pelos pescadores que visitavam regularmente a Terra Nova. É com base nesta teoria que se defende que o Rafeiro do Alentejo seja um dos antepassados do Cão da Terra Nova, o Newfoundland. Sabe-se que o nome “Rafeiro do Alentejo” é utilizado desde o fim do século XIX. A designação vem provavelmente da concepção que a população fazia do cão: um cão rafeiro que era comum na região. Apesar da antiguidade desta linha, o Rafeiro do Alentejo teve de esperar até meados do século XX para se ver livre da classificação de rafeiro. Ironicamente, o nome escolhido para a raça acabou por ser o nome colocado pela população. Em 1940, foi realizado um censo por dois cinófilos, António Cabral e Filipe Romeiras, para tentar determinar o número de Rafeiros do Alentejo existiam na região. Este foi o ponto de partida para a realização do estalão e o reconhcimento da raça pelo FCI que veio em 1967. Contudo o reconhecimento da raça não proporcionou a popularidade que se esperava para o Rafeiro do Alentejo. O número de exemplares chegou mesmo a diminuir nas décadas seguintes. O êxodo rural e a desertificação do interior não ajudaram esta raça rústica que no início da década de 80 via os seus exemplares reduzidos ao mínimo desde que começou a ser contabilizado o número de cães desta raça. Hoje em dia o Rafeiro do Alentejo é um cão popular em Portugal, com registos anuais entre 200 e 500 exemplares, conforme os anos.
A nova rubrica Vozes D'além Tejo - sons, acordes, melodias e grupos que transportam o Alentejo na voz e na música está de volta. Desta vez apresenta Mário Moita e Os Trovadores do Sul que como o próprio nome indica é composto pelo pianista Mário Moita e três antigos elementos da tuna Seistetos, da Universidade de Évora.
Mário Moita nasceu em 1971. Estudou Piano na Academia de Música Eborence (1981-87) e licenciou-se em Engenharia na Universidade de Évora em 1997. Apelidado com Embaixador musical pelo presidente da Câmara de sua cidade, começou a cantar fado aos 7 anos, dai desde muito novo adquiriu um gosto e um interesse particular por esse tipo de musica. Para alem disso o facto de ter vivido em Reguengos de Monsaraz (terra do compositor Dr Alberto Janes, o qual escreveu imensos fados para a Amália Rodrigues), proporcionou-lhe a convivência com o pianista Fortunato Murteira que tocava fado ao piano nas décadas de 40, 50 e 60 e que lhe deixou um valor incalculável em partituras da época. Recria uma tradição datada de 1870 quando o fado subiu aos salões para deleite da fidalguia (*), misturando raízes Alentejanas e técnica de canto lírico. O resultado é uma sonoridade romântica de fado ao piano com uma voz melodiosa trabalhada por um reportório lírico. Nos últimos anos tem desenvolvido a sua carreira fora de Portugal, levando o Fado e a cultura portuguesa a zonas do globo onde normalmente não se faz sentir a cultura Portuguesa. Em Abril de 2007 lançou no Museu do fado e da Guitarra Portuguesa o único CD/Livro existente em Portugal sobre a historia do fado ao piano.
O trajo da Côca de Portalegre, trata-se de um trajo de mulher, todo de cor preta, que no início do século XIX era utilizado no dia do casamento, no início do século XX e com a introdução de cores claras nos trajos de casamento, a côca passou a ser fato de viúva, de se ir confessar na semana santa, de ir à missa, ou para efectuar visitas ou encontros clandestinos/proibidos. Este trajo deixou de se ver na cidade de Portalegre por volta dos anos 30 do século XX.Era confeccionado em tecido de algodão, em brocado de seda, e em merino de lã sedoso de acordo com as posses de cada pessoa e condição social.
O trajo é composto por:
Blusa: com franzido nos punhos e na cintura, finge uma blusa sob uma casaquinha com colarete, abotoa de lado ao pescoço,descendo depois ao meio do peito à cintura.Saia: franzida na cintura e comprida até aos pés. Manto: colocado sobre a cabeça, tapando o corpo da mulher até à cintura ou até à anca de acordo com o nível social de quem o veste (até à cintura para as mulheres abastadas e pela anca para as mulheres da classe média) sendo na parte da frente pendurada, a cair sobre o rosto, uma renda (espessa de forma a que a pessoa não possa ser reconhecida.Meias: pretas ou cinza feitas à mão de cordãozinho. Sapatos: pretos, tipo chinelo com um botão de lado ou cordão atado no peito do pé, de fivela ou de atanado.Nota: a roupa interior usada era semelhante à das outras mulheres variando apenas a qualidade do plano utilizado na sua confecção, em vez de pano cru era utilizado pano branco (conhecido por "casquinha de ovo" mais fino do que o pano cru ou linho.
"Se a lua não nascesse um dia... Deixaríamos de existir..."
Grupo Académico Serenatas de Portalegre
O Grupo Académico de Serenatas de Portalegre foi fundado na década de noventa, por alguns elementos que pertenciam à Tuna Papasmisto ( Tuna mista do Politécnico de Portalegre ). Aquando do casamento de um casal de elementos da referida tuna, alguns elementos masculinos da mesma, querendo oferecer uma prenda especial ao casal, reuniam após os ensaios para ensaiar a referida prenda. Devido à qualidade desses ensaios, que ultrapassaram todas as expectativas dos tunos, iniciaram-se então as conversações com vista à formação Grupo Académico de Serenatas de Portalegre. Fundado na famosa casa nº 140 da Rua da Mouraria, na altura casa de Paulo Silva, aluno do 1º ano de Matemática e Ciências, foi marcada uma reunião onde foram discutidas as linhas mestras que regem ainda o hoje o grupo, fundado com o intuito de preencher uma lacuna existente na academia Portalegrense. Desde então o grupo continua a exercer as suas actividades até aos dias de hoje, desejando que o espírito académico se prolongue por muitos e muitos anos, através de uma renovação constante de novos elementos e novas mentalidades, sem nunca destorcer o verdadeiro significado do espírito de serenata. Para além da participação em várias semanas académicas e eventos em que o espírito de serenata se adeqúe, o Grupo Académico de Serenatas de Portalegre preza ainda pela continuidade da sua tradição de actuações nocturnas pelas ruas da cidade de Portalegre de janela em janela.